quinta-feira, 24 de março de 2011

In Memoriam: Elizabeth Taylor (1932 - 2011)



Deixou-nos a diva dos olhos de violeta, a eterna Cleópatra que tanto encantou Marco Antônio (vivido pelo ator Richard Burton) a ponto de desposá-la por duas vezes. Uma vida de escândalos, atuações marcantes, casamentos frustrados (foram oito durante toda a vida), sorrisos inesquecíveis e uma silhueta de fazer inveja a muitas das sex symbols do cinema mundial que invadem as páginas das mais importantes revistas ao redor do mundo. Ela era polêmica, um verdadeiro vulcão em erupção e, muitas vezes, bastava um simples olhar matreiro para a câmera para que o espectador tivesse a clara sensação de estar diante do paraíso. E acreditem: quem nunca viu um filme dessa mulher, não sabe a falta que ela vai fazer (já está fazendo, há pelo menos três décadas) na indústria cinematográfica norte-americana.

Elizabeth Rosemund Taylor - ou simplesmente Liz Taylor - é, na opinião desse humilde e sarcástico blogueiro e agitador virtual, o maior símbolo sexual até hoje visto na história do cinema. Que me perdoem os que fazem questão de entregar o posto a Marylin Monroe ou Audrey Hepburn quando o assunto é o lugar de honra nesse pódio de beldades do cinema (e nada contra a beleza esfuziante de ambas!), mas Elizabeth foi até hoje a única diva do star system americano a conseguir me fazer acreditar que a beleza, em certas ocasiões, deve ser fundamental, como já apregoou no passado o poeta carioca Vinicius de Moraes.

Da sedutora prostituta Gloria Wandrous em Disque Butterfield 8 (e a imagem escolhida pela equipe que diagramou a capa do Segundo caderno do Jornal O Globo de hoje já fala por si só) a depressiva Martha de Quem tem medo de Virginia Woolf?, ambas interpretações vencedoras do Oscar, Elizabeth Taylor nos presenteou e, mais do que isso, nos hipnotizou com uma verve poucas vezes vista em Hollywood. Ela era capaz de encantar qualquer plateia - principalmente a masculina - sem emitir um único ruído, sem pronunciar um diálogo sequer.

A um passo da eternidade, O pecado de todos nós, A megera domada, até mesmo num personagem simples como o da sogra de Fred Flintstone (interpretado pelo ator John Goodman) na adaptação para o cinema do eterno desenho animado pré-histórico, servem como referências de uma artista que, diferentemente de algumas exigências do mainstream cinematográfico atual, não precisava ser camaleônica para conquistar o seu público, sempre assoberbado com sua beleza ou encorajado por seu engajamento em lutas as mais diversas (como a do combate à AIDS, por exemplo). Ele só precisava mesmo ser Liz Taylor para brilhar. E nada mais. Seus eternos amigos, Rock Hudson e Montgomery Clift, perceberam isso. As salas de cinema abarrotadas perceberam isso. Esse que vos fala também se rendeu a esse encanto. Encanto que, infelizmente, a partir de agora, não estará mais disponível. Resta-nos seu legado, sua obra. Vá com Deus, eterna diva!

Trailer de Disque Butterfield 8:
http://www.youtube.com/watch?v=zPfseQxUB7c

Trailer de Cleópatra:
http://www.youtube.com/watch?v=NGDyZHlHklo

Cena de Quem tem medo de Virginia Woolf?:
http://www.youtube.com/watch?v=nInE5TITzE8

6 comentários:

  1. Olá, belo texto, o cinema perdeu uma das maiores divas do cinema, que ficará pra sempre na nossa memória!
    Ps.: Virei teu seguidor!
    Abs! Diego!

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  2. Bela homenagem!!!

    Infelizmente, percebi que o único filme com ela que eu assisti foi Os Flintstones!!! Bom, pelo menos tem bastante a descobrir!

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  3. Bela homenagem, Roberto!!! A Liz era a última das lendas do cinema da época em que os movie stars eram verdadeiras estrelas mesmo! E grandes atores, ainda mais!

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  4. Só assisti a um filme de Elizabeth Taylor, "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?". Mas só esse filme já basta para eu entender o porquê da falta que ela vai fazer!

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  5. Uma Perda que fará muita falta;
    Da hora teu blog heim.
    parabéns.
    Seguindo certo,me segue ai tbm.
    http://hiphopactivistface.blogspot.com/
    abçs
    @Ativista2

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  6. A ida dela representa o fim de uma era, o adeus ao verdadeiro cinema clássico hollywoodiano. Espero ver mais filmes dela e conhecer melhor seu trabalho.

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