sexta-feira, 26 de março de 2010

Cinema: "A Ilha do Medo", de Martin Scorcese



Uma investigação.


Um detetive com um passado difícil de administrar.


Um ilha-clínica psiquiátrica cheia de enigmas a serem decifrados.


Uma possível paciente (desaparecida ou inexistente?).


Martin Scorcese se arrisca no suspense psicológico - algo que não fazia desde Cabo do Medo - e nos apresenta uma de suas obras mais perturbadoras. Da névoa de abertura até a câmera fixa no farol, A Ilha do Medo brinca com a paranoia que se instaurou nos EUA por conta da chamada Guerra Fria e nos oferece um de seus melhores trabalhos em parceria com o ator Leonardo Dicaprio.


Uma sensação de aprisionamento e claustrofobia se apodera dos espectadores ao longo das mais de duas horas de filme e Scorcese sabe disso (em determinados momentos da película, ele faz questão de promover esse sentimento). Tudo em prol de um jogo que pôe em evidência dois personagens que vivem se enamorando e digladiando a todo o momento, os eros e tãnatos da contemporaneidade: ficção e realidade.


Para ser visto com parcimônia e sem deixar de atentar para os detalhes.

6 comentários:

  1. É o filme mais interessante do ano até aqui, empatado com "A Estrada". Scorsese nos dá o que tem de melhor em suspense psicológico, onde nada pode ser o que parece. Estupendo! Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com o comentário acima! é o filme mais interessante do ano até agora e é bom ver Scorsese fazendo filme de suspense tão bom quanto dos velhos tempos. Vamos torcer para que o filme tenha vida longa até a época das premiações...

    ResponderExcluir
  3. quero muito ver esse filme. beijos, pedrita

    ResponderExcluir
  4. Tenho curiosidade em ver esse filme, mas não vou ao cinema, esperar em dvd. Gostei do blog. Abraço

    ResponderExcluir
  5. Infelizmente eu não gostei desse filme. Tinha altas expectativas porque sou fã inveterado de Scorsese e tinha lido o livro, que achei espetacular. Mas o filme não convenceu, em parte porque não consigo me convencer que o Leonardo DiCaprio tem tanto poder histriônico quanto querem me fazer crer os críticos e o próprio Scorsese.
    Talvez um dia eu o reveja e passe a gostar dele, mas por enquanto eu o coloco junto a minhas decepções cinematográficas.

    Abração,
    Clênio
    www.lennysmind.blogspot.com
    www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. É o que já falaram, né? Nada é o que parece ser. É um ensaio da loucura de uma visão um tanto quanto nova, há um impasse grande entre o que querem que nós acreditemos. Tem uma fala bem interessante no filme: se dizem que somos loucos, tudo o que fazemos desde então são sintomas da loucura. Não há uma distinção entre o louco e o "normal" na ilha do medo. Gostei mesmo do filme, me deixou em estado de transe por horas.
    Abraços (:

    ResponderExcluir