sábado, 24 de julho de 2010

Cinema: "The Runaways", de Floria Sigismondi




Anos 70: a guerra do vietnâ ainda deixara cicatrizes amargas no povo americano (todos afetados direta ou indiretamente pelo clima de "the dream is over", do músico e líder dos Beatles John Lennon), a crise do petróleo afundava o país em dívidas e era difícil cumprir com os compromissos que a grande nação mundial tinha para com outros países, no rádio e nas pistas de dança vivia-se a era da discoteca, principalmente entre as subculturas gays, os latinos e negros, todos encantados com aquele ritmo dançante de artistas como Earth, wind and fire, The Commodores e KC and the sunshine band.


Em meio a tudo isso a jovem Joan Jett tinha um sonho: formar uma banda só de garotas que revolucionaria para sempre a história do rock n' roll mundial (mesmo à revelia de um consenso machista que cismava em apontar o dedo acusador em sua cara, dizendo que "meninas não tocam esse tipo de música". E quando seu caminho cruza, numa pequena danceteria, com o do produtor Kim Fowley, ela pressente que sua vida estava começando a mudar. O ambicioso, tresloucado e visonário business man do mundo da música a reúne com Cherie Currie, Sandy West e Lita Ford. Nascia então o grupo The Runaways.


Em The Runaways, fantástico longametragem dirigido por Floria Sigismondi, vemos a ascensão e queda de um conjunto que poderia ter sido uma das maiores suspresas do showbiz musical, não fosse a falta de maturidade de suas integrantes, o excesso de ego de seu descobridor e, claro, todas aqueles reveses que fazem parte do imaginário de um rock n' roll world (leia-se: drogas, inveja, vaidade, álcool e much much more).


O que precisa ficar claro para os espectadores que queiram enveredar pelo mundo proposto pela cineasta é que não se trata de uma história da "banda mais bem sucedida de todos os tempos" e sim de um grupo que, apesar de não ter durado décadas, entrou para a memória dos fãs como símbolo de rebeldia e, principalmente, de coragem. Uma história que segue à risca muito da filosofia "Do it yourself" proposta pelo Punk. Em suma: o relato de quem foi atrás do seu sucesso a qualquer custo. Mesmo quando ninguém mais (além delas próprias) acreditava que aquela jornada poderia dar certo.




7 comentários:

  1. Quero muito ver este filme, por ser fã da música aqui retratada. Seu texto me empolgou.

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  2. Adoro esse cartaz! E tô muito curioso quanto ao filme.
    Engraçado que comentei no meu último post lá no blog que gosto muito da Kristen fora da Saga Crepúsculo. E como gosto da Dakota também - e a história e sua resenha me empolgaram bastante -, acho que irei conferir em breve.

    []s!

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  3. Ótimo filme, vi ele tem poucos dias e apimentarei em breve!

    Gosto muito da Kristen também!

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  4. Nossa! Ainda bem que o filme foi apreciado por muitos, pois é um dos longas mais esperados por mim no ano!

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  5. Vou assistir a esse filme meio de fora, tendo antes só escutado uma ou duas músicas do grupo, e completo desconhecedor da sua trajetória. Farei isso por Dakota Fanning e também pela twilighter Stewart, que ao menos é colírio pros olhos.

    Cumps.

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  6. Preciso conferir o quanto antes esta fita...
    A Dakota cresceu heim!

    Abs,
    Rodrigo

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  7. Obrigada pelo comentário no Cinema de Buteco. Se ficar sabendo do curta do Spike Jonze, dá um alô, e se eu descobrir daqui, faço o mesmo. :)

    Ainda não assisti ao The Runaways, mas estou curiosíssima!

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