quarta-feira, 28 de julho de 2010

TV a cabo: "Criminal Minds", de Mark Gordon e Ed Bernero




Filmes policiais, romances policiais, quadrinhos policiais, séries policiais...Todo o universo policial é um fetiche na vida desse blogueiro. Existe algo no mórbido mundo das investigações criminais que me fascina e não é de hoje. Na verdade tudo começou quando li meu primeiro livro, um pequeno romance infanto-juvenial chamado O Escaravelho do Diabo, parte integrante de uma série chamada vaga-lume que constava do acervo da Editora Ática (série essa que eu não faço a menor ideia se ainda existe!). De lá pra cá essas idas e vindas investigativas tomaram conta das minhas leituras e eu não parei mais. Imagine então quando iniciou a minha febre por seriados desse gênero! Meu lado Sherlock Holmes veio à tona com a maior facilidade.


Um dos meus favoritos atualmente é Criminal Minds (do canal AXN), que trata de agentes especiais que estudam o comportamento dos suspeitos seja na cena do crime, seja no trabalho, em casa etc (a chamada Unidade de Análise comportamental do FBI). Juntos eles traçam perfis psicológicos visando antecipar os próximos passos de um criminoso antes que eles ataquem novamente. Ou seja, toda a vilania que esse humilde escritor tanto adora.


O elenco mudou ao longo do tempo e vou logo consfessando que achava o Mandy Patinkin (antigo líder da equipe) cem vezes mais sagaz do que atual Joe Mantegna. Não se trata de condenar o atual agente/ator, que é um bom artista, mas apenas uma questão de gosto. Principalmente pelo fato do antecessor ter uma bagagem teatral vasta e ditar um ritmo mais preciso à trama (o que, nesses casos, atrai logo a minha atenção).


O que me perturba (e logicamente me fascina com a mesma intensidade, pois é disso no final das contas que se tratam a maioria das séries criminais) é a maneira com que tudo é premeditado e articulado. Não há tempo para emoções grandiosas nem crises de consciência longas. É um universo que trafega no limite do irracional. Trata-se de um duelo de forças mental, como uma espécie de jogo de pôquer criminológico, onde os mais perspicazes, aqueles capazes de blefar (como bem diz a "código de ética" dos jogadores) com mais rapidez e facilidade, ganham a parada.


Não é um entretetenimento para todos os gostos. Vários colegas meus reclamam volta e meia da falta de escrúpulos, da amoralidade, da facilidade com que se subvertem regras, onde tudo é válido no sentido de capturar os criminosos. No entanto, há que se levar em consideração que é exatamente isso que faz do jogo um espetáculo mais atraente. Não fosse isso, provavelmente acharíamos tudo monótono e abandonaríamos o canal antes do término do primeiro bloco. E os verdadeiros fãs desse mundo caótico não querem isso, não é mesmo?


3 comentários:

  1. Boa pergunta se a série vaga-lume ainda apresenta novas obras, só sei que é realmente uma série fantástica!!! Leitura com fundo moral e análise de primeira qualidade, num universo bem infantil. É muito frequente no curso de Letras, ao qual faço, a indicação dessas obras. Também me agrada o suspense policial, mas não acompanho a série.

    Abraço!

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  2. Meu amigo, Criminal Minds é um dos meus seriados favoritos, junto com Lei e Ordem e CSI Miami. Contudo, eu sempre achei Mandy Patinkin um pouco apático; Prefiro Mantegna!!

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  3. Já ouvi falar bem mesmo e fiquei curioso. Talvez quando sobrar um tempinho...

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