sábado, 19 de junho de 2010

Teatro: "Avenida Q", de Charles Moeller e Claudio Botelho



Oito atores, 16 bonecos, luzes, sátira, sexo, muita diversão.


Sucesso nos palcos da off-Broadway por seu humor politicamente incorreto, Avenida Q - espetáculo originalmente produzido por Robert Lopez e Jeff Marx - é um colírio para os olhos daqueles que admiram uma boa comédia. Essa versão brasileira muito escrachada (que preservou os conteúdos das canções originais e teve seus bonecos-atores confeccionados nos EUA) cai como uma luva para alicerçar ainda mais o frisson já causado por essa peça em outros países.


Como disse o próprio encenador Claudio Botelho em declaração para seu blog pessoal: "Avenida Q trata de um mundo que só quer saber dos vencedores. Porém, os eleitos e os chamados especiais são muito poucos. A vida não é feita por eles e sim pelos do segundo time - pessoas com ótimas histórias para contar".


Contando com a força do texto de Jeff Whitty, um cenário caprichado de Rogério Falcão e um trabalho impecável de Zé Clayton na coordenação e manipulação dos bonecos, a peça é uma das melhores coisas que pintou no Brasil nos últimos anos (não à toa está de volta em uma nova temporada aqui no Rio de Janeiro).


Para quem é fã de programas como Vila Sésamo e curte os muppets criados por Jim Henson é a pedida ideal para o fim de semana.


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